Diagnóstico precoce do tumor renal e as chances de cura
- On 10 de janeiro de 2017
Silencioso: essa é a melhor maneira de descrever o tumor renal. A doença começa devagar, sem causar muitos sintomas e é, na maioria das vezes, descoberta de forma não intencional, após o paciente sentir dores abdominais.
Por ser tão imperceptível, a Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC, na sigla em inglês) o cita como um dos tumores com maior índice de mortalidade no Brasil, chegando a aproximadamente 54%. Esse número é muito alto e representa uma morte em cada dois casos diagnosticados. O câncer no rim também é o causador de cerca de 100 mil mortes por ano em todo o mundo. Dados como este só ressaltam a importância de medidas preventivas e da detecção precoce.
Tipo mais comum de tumor renal, seus sintomas e fatores de risco
Os rins têm a função de purificar o sangue, eliminar as toxinas e ainda produzem os hormônios. Dentre os cinco tipos de câncer que o acometem, o mais comum é o Carcinoma Renal de Células Clara (RCC), que se inicia no tubo que filtra as impurezas do sangue.
Os sinais de que o paciente está com esse tipo de tumor começam pelas dores abdominais. Depois, é comum que apareça sangue na urina, febre e que haja uma massa abdominal anormal e palpável.
Existem, também, alguns fatores de risco para o desenvolvimento do tumor renal: pacientes com hipertensão, com insuficiência renal, fumantes, idosos e/ou pessoas que possuem alguma predisposição genética têm chances muito maiores de desenvolver a doença. Se você se encaixa num desses casos, a melhor coisa a fazer é procurar um médico e realizar exames de rotina para que, caso tenha o câncer de rim algum dia, ele possa ser identificado o mais rápido possível.
Depois do diagnóstico
O câncer de rim costuma responder mal aos tratamentos tradicionais, como a quimioterapia. Por este motivo, a melhor opção é realizar uma cirurgia. O procedimento chama-se nefrectomia e pode ser realizado de forma radical – com a remoção de todo o órgão, junto com a glândula adrenal e com os linfodos regionais – ou de maneira parcial – que garante a retirada do tumor, sem precisar tirar todo o rim acometido, se ele tiver entre 4 e 7 centímetros de diâmetro.
Por isso que o diagnóstico precoce é tão importante, já que além de preservar o rim, as chances de cura ultrapassam os 80%.
Nefrectomia robótica
Com o avanço da tecnologia, foi criada a nefrectomia robótica. O procedimento é feito por um robô que imita precisamente os movimentos do cirurgião que, por sua vez, controla a ferramenta através de joysticks. O médico tem uma visão mais ampla do paciente, mesmo a distância, pois numa das pinças do aparelho há uma câmera que transmite imagens tridimensionais.
A nefrectomia robótica requer apenas pequenas incisões no corpo do paciente, é menos invasiva e acarreta em pouquíssimas complicações se comparada às cirurgias tradicionais. Além disso, a técnica oferece uma recuperação mais rápida no pós-operatório e retorno mais cedo às atividades rotineiras.
Visite seu urologista regularmente
Não há como prever quando ou se teremos tumor renal, mas é fato comprovado que, quanto mais cedo a doença for descoberta, maiores são as chances de cura. Leve uma vida saudável, com bons hábitos diários como alimentação balanceada e ingestão abundante de líquidos e deixe o tabagismo de lado. Só assim você terá chances de se prevenir de um câncer no rim.
Por último, mas não menos importante: não se esqueça de sempre se consultar com o seu urologista, mesmo quando parece estar tudo bem com o seu corpo. Sua saúde agradece! O Dr. Paulo Salustiano é urologista no Rio de Janeiro e atende no bairro carioca de Ipanema. Endereço: Rua Visconde de Pirajá, número 82. Telefones: (21) 2247-2232 / 2523-0769 / 98826-2616.
0 Comments