
Dezembro Vermelho: mês de prevenção e tratamento da AIDS
- On 18 de dezembro de 2019
Dezembro significa para muitas pessoas um momento de reflexão sobre o ano que passou, além de um período para reunir família e amigos. No entanto, o último mês do ano possui espaço para conscientização com o Dezembro Vermelho, que alerta sobre a importância de prevenção e tratamento da AIDS.
Números da AIDS/HIV no Brasil
Mesmo com as várias campanhas de conscientização sobre o tema, os números do HIV cresceram no Brasil nos últimos 8 anos. Segundo dados da Unaids, agência da ONU especializada no assunto, o país teve um aumento de 21% nos casos da doença no período, indo na contramão de outros países da América Latina, como Colômbia (-22%), Equador (-12%) ou Nicarágua (-29%). Somente em 2018, foram 53 mil casos registrados.
Um outro dado, este retirado de pesquisa elaborada pelo Ministério da Saúde é que, apesar do alto índice de informação sobre a doença na população jovem, muitos admitem não utilizar preservativos em suas relações sexuais. Os números apontaram queda no uso regular de camisinhas entre a faixa etária de 15 a 24 anos, tanto com parceiros eventuais – de 58,4% em 2004 para 56,6%, em 2013 – como com parceiros fixos – queda de 38,8% em 2004 para 34,2% em 2013, Vale sempre lembrar: a camisinha previne não somente a transmissão do vírus HIV, mas também de outras doenças sexualmente transmissíveis (DST’s), como sífilis e gonorréia.
Contudo, não são todos os números a respeito do HIV que são negativos: segundo o Ministério da Saúde, nos últimos quatro anos, a taxa de mortalidade em decorrência da doença passou de 5,7 óbitos/100 mil habitantes em 2014 para 4,8 óbitos/100 mil habitantes em 2017. Isto reflete a melhoria na velocidade do diagnóstico, somada à ampliação da testagem a respeito do vírus, oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Mitos sobre a AIDS e o HIV
Ainda existem uma série de mitos a respeito da AIDS e do HIV, mesmo em tempos de Internet e rápido acesso à informação. Entre eles, podemos citar:
- AIDS e HIV não são a mesma coisa: A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids) é causada pelo vírus HIV e é o estágio mais avançado da infecção, mas existem uma série de pessoas com HIV que vivem durante anos sem nenhum sintoma ou mesmo sem desenvolver a doença.
- Tratamentos alternativos podem curar a AIDS: mesmo com o aumento da qualidade de vida de quem possui a doença, ainda não existe cura. Tomar banho logo após o sexo ou tratamentos alternativos não são efetivos no combate ao vírus. Desde 1996 o Brasil distribui de maneira gratuita, o coquetel antiaids para todos que necessitam do tratamento.
- Mães com HIV sempre transmitirão o vírus para o bebê: Com o devido acompanhamento médico, a chance de uma mãe soropositiva transmitir o vírus para o filho é de apenas 0,5%.
- É possível contrair HIV apenas estando perto de pessoas soropositivas: por mais surreal que possa parecer, existem pessoas que acreditam nesta tese. O vírus não se propaga por meio do toque, suor, saliva ou urina, mas sim pela troca de fluídos corporais com pessoas infectadas, como sangue, fluido vaginal ou sêmen.
Prevenção e tratamento
Como foi visto ao longo de todo o texto, é fundamental o uso de camisinha durante as relações sexuais. Para garantir sua eficiência, verifique a data de validade na embalagem, abra a embalagem cuidadosamente e em hipótese alguma com os dentes, para não furar o preservativo.
Agora que você já tem informações importantes a respeito da AIDS e do HIV, previna-se e compartilhe este texto com amigos e familiares!
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